P de professor: linhas rizomáticas
Esse blog, em construção, quer ser um espaço de estudos, pesquisa e interação. Prioriza a produção filosófica, mas está aberto para a ciência e a arte. Pretende abordar as paisagens educacionais e as experimentações docentes numa perspectiva rizomática, da filosofia da multiplicidade. Seja bem vindo(a).
segunda-feira, 22 de abril de 2013
domingo, 7 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Embriaguem-se
EMBRIAGUEM-SE
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a
única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina
para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre
a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou
desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao
pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo
que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a
estrela, o pássaro, o relógio responderão: “É hora de embriagar-se! Para não
serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem
descanso! Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
Charles Baudelaire
O Spleen de Paris: pequenos poemas em prosa
Apresentação e tradução: Leda Tenório da Motta
Imago Editora
O Spleen de Paris: pequenos poemas em prosa
Apresentação e tradução: Leda Tenório da Motta
Imago Editora
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